"(...) A Literatura industrializada, e que é hoje o que se poderia chamar a prosa das massas, normalmente composta em narrativas cujos padrões giram à volta da novela policial, não necessita de estilo nem de forma. E, assim, o escritor legitima a plebe audiovisual, não fazendo exigências retóricas ou prosódicas ao seu público, enquanto este por sua vez legitima o escritor não fazendo exigências, nem de forma nem de estilo: consentem ambos em não saber o que são as cláusulas rítmicas da prosa de Cícero, ou o uso do Leitmotiv por Thomas Mann."
in "A Morte da Literatura", Lourenço, M.S., Os Degraus do Parnaso, Lisboa, Assírio & Alvim, 2002, pág. 69.
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