segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

O "Maldito" Centro Comercial.

Há já algum tempo que ando para escrever sobre este assunto, mas nunca sabia por onde começar. Então, depois do meu "magnífico" fim-de-semana de trabalho, num conhecido local, chegou o momento certo.
Caros amigos leitores, o assunto que vos venho falar aqui hoje, chama-se Centro Comercial, e para que ninguém se perca no que aqui irá ser escrito, vou por as palavras "Centro" e "Comercial" a bold.
Esta "magnífica" invenção de concentrar num só espaço todo o comércio possível e imaginário não é nova (bem antiga, por sinal!), embora os modelos actuais dos "shopping centers" tenham começado a proliferar na Inglaterra e nos E.U.A. (onde haveria de ser!!!) por volta dos finais do séc. XVIII, inícios do séc. XIX. A ideia até é boa, sim senhor, podermos encontrar de tudo num único espaço. O problema é que actualmente o centro comercial deixou de ser um local exclusivo de comércio para ser também um espaço lúdico, onde ocorrem inúmeras actividades temáticas, sem esquecer todas as épocas festivas (Natal, Carnaval, etc.).
Este, a meu ver, é o grande problema dos centros comerciais. Passo a explicar: A maioria das pessoas estão habituadas sempre a fazer as mesmas coisas. Então habituaram-se a ir a centro comercial, para fazer as suas compras. Mas para além das suas compras, começaram a habituar-se a fazer novas coisas. Chegam os fins-de-semana e é ver famílias inteiras a passear com os filhos e os netos. Passear?? Num centro comercial?? E vão ver o quê?? Lojas. Ah!! Pensei que o conceito de passeio se resumia a visitar outras cidades, outros museus, alguma exposição, ou simplesmente aproveitar o bom tempo, quando é caso disso, ou seja, fazer algo realmente interessante com o tempo livre. Mas não!! Não fazem nada disso. O que é bom é passear nos centros comerciais, ver o que as lojas têm para oferecer, é muito mais interessante, mesmo que não se compre nada.
O espaço de trocas comerciais passou a ser um local de passeio para o cliente domingueiro, onde muitos não respeitam quem lá trabalha, deixando tudo sujo, ou simplesmente vão lá para reclamar de qualquer coisa, porque tiveram uma semana má de trabalho. Depois, as crianças e os adolecentes, esse grande alvo preferencial destes grandes antros consumistas. Os pais, que durante a semana estão pouco tempo com eles por estarem a trabalhar, levam-os lá para satisfazer as necessidades aos meninos, que choram e berram, porque querem ir comer comida de plástico e ir ver um filme que não é para a idade deles (sim, actualmente também há cinemas nestes lugares), e para os calarem, fazem-lhes as vontadinhas todas, do tipo: "Toma lá 20€ e não me moas mais o juízo!". Juventude condenada ao fracasso.
Que bonito, ver tanto povo junto, qual manifestação sindical ou outra qualquer do género. O povo alienado e contente será sempre vencido! Esta é a propaganda dos C.C. (cansei-me de repetir aquelas duas palavras), claro está de forma implicíta, para não parecer mal.
Por isso deixo aqui a minha mensagem de Natal: Se é inteligente e de bom senso, neste Natal, fuja do Centro Comercial. Um verdadeiro serviço público, porque este blogue não vive só de cinema nem de peúgas (ambas boas prendas de Natal, já agora).
Depois não digam que não avisei...

2 comentários:

gracious dreams disse...

Concordo completamente com tudo o que disseste,infelizmente é uma realidade bastante actual.Hoje fui por exemplo a um desses «c.c» para comprar umas cenas básicas quando me deparei com filas e filas de carros,transito cortado,centanas de pessoas a deambular pelas redondezas com sacos e mais sacos e só pensei esta «gente» em vez de estar a aproveitar o feriado para descansar, passar com a familia vem se meter neste buraco. Claro que dei meia volta e fui me embora.

X-Filer disse...

Não nos esqueçamos dos dias em que o tempo é "mau"... aí é que é ver tudo o que é gente ir em procissão caminho do "C.C." mais próximo. Quilómetros de fila de trânsito para ir ver lojas??? Está tudo doido? Uma de duas: ou estamos MESMO em crise e o pessoal é de facto todo masoquista ou então isso da crise é tudo conjectura (ou conversa para abrir telejornais e primeiras páginas de jornais). Mal de mim que precise mesmo de ir a um desses sítios num dia desses...