sábado, 20 de setembro de 2008

Críticas.

As críticas da quinzena do Carteia:



Título: Mamma Mia!

Ano: 2008

Realização: Phyllida Lloyd

Elenco: Meryl Streep, Amanda Seyfried, Colin Firth, Stellan Skarsgård, Pierce Brosnan, Christine Baranski, Julie Walters e Dominic Cooper

Género: Musical, Comédia

País: E.U.A., Reino Unido e Alemanha

Produção: Judy Craymer, Gary Goetzman, Benny Andersson, Björn Ulvaeus, Tom Hanks e Rita Wilson

Argumento: Catherine Johnson

Música: Benny Andersson e Björn Ulvaeus

Fotografia: Haris Zambarloukos

Montagem: Lesley Walker

Sinopse/Crítica: Eis a sugestão ideal para o final das suas férias de Verão: uma bela escapadinha até às ilhas gregas, para assistir ao casamento de Sophie (Amanda Seyfried) e Sky (Dominic Cooper). Conheça também a mãe de Sophie, Donna (Meryl Streep) e a suas amigas Tanya (Christine Baranski) e Rosie (Julie Walters). E não se esqueça de cumprimentar os três possíveis pais de Sophie, Sam (Pierce Brosnan), Bill (Stellan Skarsgård) e Harry (Colin Firth), antigos namorados de Donna. Vai ver que vai valer a pena descobrir os segredos desta família.

Este convite é o mote para assistir à adaptação cinematográfica do musical Mamma Mia!, baseado nas canções intemporais dos ABBA. Escrito por Catherine Johnson, produzido por Judy Craymer, encenado por Phyllida Lloyd e com a música e supervisão musical de Benny Andersson e Björn Ulvaeus, ex-membros da banda sueca, o musical têm sido um sucesso estrondoso no mundo inteiro, desde a sua estreia em 1999, ultrapassando o sucesso obtido pelos musicais Cats e O Fantasma da Ópera.

Com todo este sucesso era inevitável a adaptação do musical para cinema. Como se costuma dizer que em equipa que se ganha não se mexe, todos os elementos da produção teatral passaram directamente para a produção fílmica, ficando a encenadora Phyllida Lloyd a cargo da realização do filme.

Toda a energia, cor e alegria do musical é transportada para a fita, com as contagiantes músicas dos suecos a serem o fio condutor narrativo, como seria de esperar, através das danças muito bem coreografadas. Apesar de estarmos perante um bom filme musical, a realização denota algumas falhas. Alguns exemplos: o mau uso dos ecrãs verdes para o fundo computorizado nas cenas de estúdio quebram a ilusão do espectador. Em alguns diálogos, o campo e contra-campo também não é usado da melhor forma.

Pontos fracos completamente abafados pela entrega do talentoso elenco. Meryl Streep e Amanda Seyfried assumem-se como as protagonistas vocais e o antigo James Bond, Pierce Brosnan, revela-nos um lado pouco conhecido: a musicalidade da sua voz. É fenomenal ver todo o elenco a cantar e a divertir-se a fazê-lo, com Julie Walters a ser a responsável pelos momentos mais cómicos.

Mamma Mia! é, sem qualquer dúvida, a festa de Verão que faltava, mesmo em final de estação.

Classificação: *** - Bom.

Curiosidades sobre o filme:

O enredo do filme foi adaptado do filme de 1968, Buona Sera, Mrs. Campbell, protagonizado pela actriz italiana Gina Lollobrigida.



Título: Hot Fuzz – Esquadrão de Província (Hot Fuzz)

Ano: 2007

Realização: Edgar Wright

Elenco: Simon Pegg, Nick Frost, Bill Nighy, Martin Freeman, Timothy Dalton, Jim Broadbent e Paddy Considine

Género: Comédia, Acção

País: Reino Unido, França

Produção: Nira Park, Tim Bevan e Eric Fellner

Argumento: Simon Pegg e Edgar Wright

Música: David Arnold

Fotografia: Jess Hall

Montagem: Chris Deakins

Sinopse/Crítica: Dos criadores de Shaun of the Dead (2004), Edgar Wright e Simon Pegg (respectivamente realizador e actor, ambos argumentistas), chega-nos esta comédia de acção, um tributo aos grandes filmes de acção de Hollywood mas com o típico humor britânico à mistura.

O sargento Nicholas Angel (Simon Pegg) é o melhor agente da Polícia Metropolitana de Londres. Ele é tão bom que a sua dedicação ao trabalho deixa os colegas e os superiores mal vistos no seio da Polícia, tanto que estes são obrigados a transferi-lo. Assim, ele é transferido para a vila mais calma de Inglaterra, Sandford, uma pacata vila onde todos se conhecem, onde a vida é vivida devagar. Após a chegada de Angel, estranhos acidentes acontecem e várias pessoas aparecem mortas. Tudo é tratado como meros acidentes e como ninguém desconfia de ninguém, nem se quer se põe a hipótese de serem homicídios. Mas Angel não se convence e com o seu parceiro Danny Butterman (Nick Frost), um polícia fanático por filmes de acção, tentam descobrir o que se passa, numa vila que de pacata, só a aparência.

O filme é uma propositada homenagem às famosas fitas hollywoodescas de acção, alguns westerns spaguetti de Sergio Leone e séries televisivas de sucesso. As referências são enormes, tanto ao nível dos diálogos como ao nível dos planos filmados, existindo até apropriação dalgumas cenas emblemáticas. Tudo regado com uma grande dose do humor negro britânico. Dentro dos homenageados, estão: Por um Punhado de Dólares (1964); O Bom, O Mau e o Vilão (1966); Monty Python's Flying Circus (1969); Dirty Harry (1971); Chinatown (1974); Tubarão (1975); Os Marretas (1976); Mad Max (1979); He-Man and the Masters of the Universe (1983); Miami Vice (1984); Arma Mortífera (1987); Assalto ao Arranha-Céus (1988); Tudo Bons Rapazes (1990); Ruptura Explosiva (1991); Cães Danados (1992); Parque Jurássico (1993); A Verdade da Mentira (1994); Léon – O Profissional (1994); Romeo + Juliet (1996); Estrada Perdida (1997); Bad Boys II (2003) e claro, Shaun of the Dead (2004).

Uma hilariante comédia de acção, com uma boa história e com excelentes momentos de acção que entretêm por completo o espectador, um dos objectivos deste género de cinema.

Para quem quer sair da sua vida rotineira, nem que seja por duas horas, esta é a película ideal.

Classificação: *** - Bom.

Curiosidades sobre o filme:

- Simon Pegg e Edgar Wright criaram em 2004, a comédia de horror Zombie Party – Uma Noite…De Morte (Shaun of the Dead). Altamente recomendável.



Legenda:

*- Mau

** - A ver

*** - Bom

**** - Muito bom

***** - A não perder



(Textos publicados na edição de 18 de Setembro de 2008 do jornal Carteia.)

3 comentários:

Anónimo disse...

Carlitos era mais vistoso fazeres um printscreen da critica e colares no blog do q teres o link ali , dá + trabalho mas fica + bonito

Carlos disse...

E como faço eu isso? Já agora, quem és tu? lol

Carlos disse...

Agora já sei como é, lol!