sexta-feira, 19 de junho de 2009

Crítica Cinematográfica nº 10.


Título: Capuchinho Vermelho – A Verdadeira História (Hoodwinked!)


Ano: 2005

Realização: Cory Edwards, Todd Edwards e Tony Leech

Elenco (vozes): Anne Hathaway, Glenn Close, James Belushi, Patrick Warburton, Anthony Anderson, David Ogden Stiers, Xzibit, Chazz Palminteri e Andy Dick

Género: Animação, Comédia e Policial

País: E.U.A.

Produção: Preston Stutzman, Sue Bea Montgomery, David Lovegren e Maurice Kanbar

Argumento: Cory Edwards, Todd Edwards e Tony Leech, com história de Cory e Todd Edwards

Música: John Mark Painter e Kristin Wilkinson

Montagem: Tony Leech

Sinopse/Crítica:

Há já alguns anos que os filmes de animação já não são o que eram. A evolução trazida pelas imagens criadas por computador são uma grande mudança, um grande passo, sem dúvida alguma, mas este não é o principal factor de mudança. A principal diferença dos agora desenhos animados para os seus congéneres de há quinze e vinte anos atrás, é não ser só para crianças. A animação actual continua focada no seu público-alvo, as crianças, mas tende a atingir todas as faixas etárias, com narrativas cada vez mais coesas, inteligentes e divertidas. Esta verdadeira evolução é a que passa mais desapercebida ao espectador mais novo, que fica maravilhado com a “nova bonecagem”. Atrevo-me ainda a afirmar que muitos dos filmes animados actuais são muito melhores que alguns de “acção real”. Capuchinho Vermelho – A Verdadeira História é um desses novos exemplos.
Todos conhecem e estão familiarizados com a história do Capuchinho Vermelho, certo? Então imaginem que tudo isso não passa duma farsa, duma grande mentira. Imaginem que a Avózinha não foi comida pelo Lobo, que este não é assim tão mau como parece, que o Lenhador não salvou a Capuchinho e esta não assim tão inocente como lhe pintam. Pensem sobre isto e estão perante um dos maiores casos de polícia que há memória.
Com grande sentido de oportunidade e inteligência, a dupla de realizadores Cory e Todd Edwards subverte, a seu belo prazer, um dos mais conhecidos contos de fadas, mostrando um outro lado, mais interessante e divertido. A transformação desta história num filme policial, quase noir, bem ao estilo das histórias de detectives dos anos 50, cheias de interrogatórios, pistas e suspense, é uma aposta ganha. Mas as referências não se ficam por aqui. Outros contos de fadas, como Os Três Porquinhos, ou filmes das últimas décadas, como Missão: Impossível (1996), Matrix (1999) e XXX- Missão Radical (2002), são influências mais que óbvias.
Quanto à animação, é do melhor que se faz por aí, cheia de cores vivas e muito carregadas.
Um sinal mais para a personagem do Bode Cantor, uma das mais divertidas.
Nota altamente positiva para os autores (já está na calha um próximo capítulo do Capuchinho, lá para 2010) e que mais “verdadeiras histórias” dos contos de fadas venham a ser desvendadas.
Advertência: Nunca confiem num coelhinho bonito e fofinho.

1 comentário:

susu disse...

Epaaaa :) Eis uma crítica que me da mesmo vontade de correr ver este filme de animação!!! Vizinho! Vais ter que me emprestar aquilo ;)